sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Maverick V8







Na década de 70 não havia internet, o trânsito era menos congestionado e a molecada sonhava em ter um V8 na garagem para pisar fundo aos finais de semana. Para a maioria isso se resumia a um sonho distante, já que esses esportivos custavam milhões de cruzeiros.
Em 1973 a Ford apresentou sua “arma”: o Maverick GT. Carroceria fastback, faixas pretas cortando a carroceria e rodas de aço de 14 polegadas. O interior trazia o volante fino e o pequeno conta-giros entre os instrumentos. Debaixo do capô um motor V8, de 5 litros e 199 cv.
Mas no caso desse exemplar da matéria a história é outra. Ele respira originalidade no estilo, mas recebeu um veneno clássico que elevou sua potência para aproximadamente 260 cv. O sistema de escapamento, por sua vez, foi todo customizado, para ronronar com fúria em cada esticada.
Vamos aos detalhes “maldosos”. O carburador de corpo duplo deu lugar a um de corpo quádruplo da Holley, comando de válvulas da Crane e coletor de admissão Edelbrock. Tudo isso forma uma bela sinfonia, que chega às ruas através da saída 8x2.
Fechando o pacote a transmissão de quatro marchas deu lugar a uma Tremec T5, de cinco velocidades, com engates precisos. Desse modo, basta pisar fundo, sentir o corpo colar no banco e, claro, deixar duas longas listras pretas no asfalto. Como um legítimo muscle car.
Impressões ao volante
Guiar um V8 é algo especial. Se for clássico, sem toda a parafernália eletrônica de hoje, a magia fica ainda maior. Nada contra a tecnologia, pelo contrário. Mas modelos como o Maverick GT carregam muito mais do que cavalaria debaixo do capô. Eles são ícones históricos.
A primeira impressão é o ronco borbulhante emitido pelo escapamento. A cada pisada a carroceria balança e aumenta os batimentos cardíacos. Basta engatar a primeira e acelerar para entender o porquê eles são especiais.
Como foi dito, o carro da matéria recebeu uma nova transmissão, com cinco marchas, o que melhorou o rendimento do V8 e seus 260 cv brutos. O volante de aro fino é típico do esportivo e nos remete a filmes clássicos como Bullitt.
Os testes realizados na época mostraram números realmente estimulantes para um público que podia pagar – caro – por isso. Mas o laranja-mandarim da reportagem anda mais e freia melhor, com sistema de discos nas quatro rodas. Por isso fechamos o vídeo da melhor maneira possível: com duas faixas pretas no asfalto. 

sábado, 7 de novembro de 2015

                               Opala SS


Opala 1966

Opala 1968

Opala 1969 ss



O Opala foi o primeiro veículo de passeio da GMB e tornou-se um ícone entre os melhores carros que a indústria automobilística brasileira já fez.
Conhecida pela fabricação de caminhões, a General Motors do Brasil, antiga Companhia Geral de Motores do Brasil S.A., colocava no mercado em 1968, o seu primeiro projeto de um automóvel espaçoso e de desenho ímpar: o lendário Opala.
Na época, a General Motors do Brasil pensava na fabricação de um carro de passeio, desenvolvido nos moldes do que o nosso mercado necessitava. O projeto tinha como parâmetro os carros fabricados pela Opel (divisão GM na Europa), situada na Alemanha.
O modelo escolhido para servir de base ao novo carro brasileiro foi o Rekord C, que tivera suas linhas alteradas. O modelo da Opel foi lançado em 1966 e, desde então, provou ser um dos melhores carros de sua época apresentando uma mecânica confiável, suspensão macia e confortável e linhas que compreendiam um desenho elegante para a época.
A partir de então, a Companhia Geral de Motores do Brasil, posteriormente chamada de General Motors do Brasil, dava início ao projeto 676. O anúncio foi feito no final de 1966 no Clube Atlético Paulistano, com presença de autoridades e imprensa.
Dois anos depois, durante a abertura do VI Salão do Automóvel, realizado entre os dias 23 de novembro a 8 de dezembro de 1968, no Palácio de Exposições do Anhembi, em São Paulo, o Opala finalmente era desvendado para os brasileiros. O carro realmente foi alvo da mídia e de muitos curiosos, “dominando os olhares”, conforme noticiava a imprensa da época. Em sua apresentação, o carro agradou alguns convidados ilustres como o então Presidente Costa e Silva e o Governador do Estado de São Paulo, Abreu Sodré.
O Opala tinha a mesma carroceria do Opel Rekord C com algumas modificações nas partes dianteira e traseira, feitas ao gosto dos brasileiros pelos engenheiros da GM. Inicialmente, a linha 1969 foi oferecida ao público com apenas duas opções de acabamento: a Standard e de Luxo, ambas na opção de quatro portas e variações dos motores de 4 e 6 cilindros. Os modelos eram conhecidos também como Opala 2500 e Opala 3800, respectivamente.
A primeira versão vinha com motor de 153 pol3 (2509 cm³) de 80 cv a 3800 rpm. Já a outra recebia um de seis cilindros em linha, 230 pol3 (3.768 cm) de 125 cv a 4000 rpm. Para o projeto 676, os engenheiros da General Motors desenvolveram um sistema com tração traseira e suspensão independente nas quatro rodas com braços sobrepostos e posterior ao eixo e molas helicoidais. Essa construção, mais tarde seria conhecida como sub-chassi.
Em 1970, a “família” Opala ganhava mais um integrante com a chegada do almejado SS. Além desse, a GM lançou o Opala Gran Luxo, também dotado de um motor de alta performance. Porém, foi o SS foi quem conquistou o coração dos fanáticos por velocidade da época. O motor 250 pol³ de 4,1 litros e 140 cv a 4.000 rpm era capaz de atingir a velocidade máxima de 170 Km/h em apenas 12 segundos, graças à receita do aumento dos pistões para 89,7mm ante os 82,5mm do modelo convencional.
Por fora, o que mais chamava a atenção eram os adereços pretos e rodas esportivas de aro 14 calçando pneus 7,35 S. Além disso, o volante de madeira com três raios com a inscrição SS, conta-giros no painel e relógio elétrico no console, faziam a diferença em conjunto com o câmbio de quatro marchas, rádio, desembaçador do pára-brisa e diferencial com autoblocante (batizado pela montadora de Tração Positiva). O Opala SS ainda contava com freios dianteiros a disco e estabilizador traseiro, além de bancos individuais diferentemente das outras versões. Como opcionais do carro, a GM disponibilizava rádio e ar condicionado.
Em 1974 o carro recebeu uma nova mudança em sua mecânica: o motor quatro cilindros conhecido como 151 capaz de render 90 cv. Nesse ano também, a GM acumulava em seu currículo mais de 300.000 Opalas fabricados.
Já a linha 1975 recebia um novo design na carroceria (dianteira e traseira), com um estilo mais atualizado, capô com vincos acentuados, setas localizadas nas extremidades dos pára-lamas dianteiros, nova grade e lanternas redondas duplas, de estilo semelhante as do Corvette. 

                                        Impala 1967

Impala 1967

Modelo 1967 4 portas, utilizado na série de televisão Supernatural.Chevrolet Impala é um sedan de grande porte construído pela divisão Chevrolet da General Motors, introduzido em 1958.

O prazer de andar em um clássico



O prazer de andar de carro antigo não está em acelerar a mais de 200 km/h, e sim guiar o automóvel antigo e relaxar apreciando a natureza, ouvindo o ronco do motor
O teu carro novo daqui a dez anos será um carro velho, e o carro antigo continuará a ser um clássico.
Um carro novo qualquer um compra basta ter dinheiro, para comprar um carro antigo é preciso ter amizades, conhecimento e outra coisa que o dinheiro não compra a paixão pelos clássicos.
Um carro antigo não se vende, se transfere o privilégio de possui-lo a um amigo.